quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Marketing para Causas Sociais: uma ferramenta poderosa.

O Marketing para Causas Sociais – MCS – está se tornando uma ferramenta poderosa para empresas, organizações e para as causas sociais do Brasil. Através das estratégias e posicionamentos do MCS empresas e instituições beneficentes podem ajudar e contribuir para que ocorram mudanças no país, assim além de ajudar uma causa social também estarão investindo em benefício próprio, atribuindo valor à marca da empresa.

‘Marketing social é uma estratégia de mudança de comportamento. Ele combina os melhores elementos das abordagens tradicionais da mudança social num esquema integrado de planejamento e ação, além de aproveitar os avanços na tecnologia das comunicações e na capacidade do marketing’. Kotler; Roberto. Op. cit. http:// www.socialtec.com.br – Acesso em: 26/05/04.

As empresas podem filiar-se a causa social direta ou indiretamente, ou seja, pode ir direto à causa e desenvolver projetos próprios para mudar uma determinada situação ou juntar-se a uma instituição filantrópica respeitada. Decidindo pela segunda opção, a empresa, inicia a investida no MCS com credibilidade e ajuda dos voluntários envolvidos, facilitando desta forma o seu trabalho com a causa. As diferenças que aparecem nas duas formas de se chegar a uma causa é o fato da ‘direta’ ser de propriedade da empresa e consequentemente de benefício direto à marca dela; e na forma indireta, com associação a uma instituição, ela também agrega valor à marca, com a diferença da causa não ser diretamente ligada à empresa, mas tornar-se lembrada através da instituição nos projetos.

Percebe-se atualmente que os consumidores buscam mais do que um produto ou serviço, mas estão à procura de empresas que demonstrem ‘no quê’ elas realmente acreditam. Segundo Pringle e Thompson (2000, p. 68), “Os anunciantes passaram a se preocupar muito mais com a imagem emocional e os benefícios do estilo de vida associados aos produtos e serviço.” Essa diferença de posicionamento faz com que a empresa cative novos e antigos consumidores tornando-os mais ligados à marca e motivando-os ao consumo. Um exemplo de MCS pode ser observado através do MC Donald, no qual um dia por ano a empresa doa todo o dinheiro arrecadado com a venda de um dos seus lanches (MC Lanche Feliz) para as crianças com câncer e pode-se constatar que neste dia os clientes dão a preferência por este determinado produto, principalmente por saberem que desta forma estarão contribuindo com esta causa social.

[...] as campanhas de Marketing para Causas Sociais têm um potencial para influenciar o comportamento do comprador mais forte que as formas tradicionais de comunicação [...] As pesquisas [...] mostram que números significativos de consumidores afirmam estar dispostos a pagar um preço ligeiramente mais alto por marcas que apoiem boas causas. (PRINGLE; THOMPSON, 2000, pp. 112-113)

Outro exemplo de Pringle e Thompson (2000, p. 95) é onde citam a rede Pizza Express como colaboradora do projeto Veneza em Perigo, no qual descriminam no cardápio, que na venda de uma pizza Veneziana a empresa doa 25 pennies(1)
à causa, descobrindo desta forma o MCS como uma forma de promoção e divulgação da marca.

Além das promoções como as acima citadas, o MCS necessita de um fortalecimento das relações entre empresas e instituições beneficentes ou causa, pois quanto mais profundo e duradouro for esta ligação entre eles, maior será a credibilidade e segurança do consumidor pelo produto ou serviço. As parcerias do MCS precisam ser sólidas e duradouras evitando que o consumidor tire conclusões negativas sobre a empresa, fazendo com que a marca perca seu valor perante os clientes. Para Pringle e Thompson (2002, p. 135) “É muito importante evitar que o consumidor considere a parceria de MCS como exploradora, e isso é muito difícil de evitar, se o relacionamento for mantido por pouco tempo.”

Mais uma forma de impulsionar o sucesso de uma parceria utilizando o MCS é fazendo com que pessoas famosas ou outras personalidades juntem-se à causa como doadores e apoiadores. Percebe-se que com a presença de alguém respeitado pela mídia e reconhecido por todos, a campanha ou ação torna-se perante a sociedade mais respeitada agregando ainda mais credibilidade e adesão dos consumidores. “[...] Diana, a Princesa de Gales, demonstrou durante sua vida, a capacidade de um patrono famoso para arrecadar fundos a uma entidade enorme. Da mesma forma, a associação de tais pessoas com uma empresa ou marca pode ser muito significativa.” (Id. Ibid., p. 178)

Podemos citar como exemplo a campanha do Câncer de Mama, o qual tem a constante participação de pessoas famosas nos comerciais, os quais ajudam a promover os produtos com a marca da campanha para a arrecadação de dinheiro, mas além de participar do projeto eles também acreditam na iniciativa. “Assim, as marcas terão enormes benefícios ao adotarem a idéia do MCS e tomarem as primeiras iniciativas para construir novos valores ‘espirituais’ em suas proposições da marca para combater os tempos mais difíceis que virão.” (PRINGLE; THOMPSON, 2002, p. 249). Com tantos benefícios, tanto para as empresas quanto para as instituições ou causas, cada vez mais teremos pessoas interessadas em desenvolver ações que contribuam para a melhoria da sociedade, ajudando a diminuir os problemas que vemos e enfrentamos diariamente.

(1) Pennies são uma forma de moeda de cunhagem Anglo-Saxã do século VIII [...]. Disponível em: http://www.duvendor.hpg.ig.com.br/Colunistas/Colunas_07_1.htm – Acesso em: 17/06/04. Pennies: plural da moeda de 1 centavo de dóllar. Disponível em: http://www.estadao.com.br/ext/especiais/forum/pauta/index95.htm – Acesso em: 17/06/04. Então: 25 pennies = 0,25 centavos de dólar.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Kotler, Philip; Roberto, Eduardo. Marketing Social: Estratégias Para Alterar o Comportamento Público. Rio de Janeiro: Campus, 1992. Op. cit. Disponível em: http://www.socialtec.com.br – Acesso em: 26/05/04.

PRINGLE, Hamish; THOMPSON, Marjorie. Marketing Social: Marketing para Causas Sociais e Construção de Marcas. São Paulo: Makron Books, 2000.

Um comentário:

  1. Que bom qeu vc gostou da minha idéia de negócio! Pode deixar qeu te chamo pra sócia, ainda mais mandando super bem em Marketing para causas sociais como estais! hahahah
    Vai ser um mega sucesso!
    Ah tô com saudades de ser estágiaria da Ana e tua!! hahaha Bons Tempos!!!

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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Marketing para Causas Sociais: uma ferramenta poderosa.

O Marketing para Causas Sociais – MCS – está se tornando uma ferramenta poderosa para empresas, organizações e para as causas sociais do Brasil. Através das estratégias e posicionamentos do MCS empresas e instituições beneficentes podem ajudar e contribuir para que ocorram mudanças no país, assim além de ajudar uma causa social também estarão investindo em benefício próprio, atribuindo valor à marca da empresa.

‘Marketing social é uma estratégia de mudança de comportamento. Ele combina os melhores elementos das abordagens tradicionais da mudança social num esquema integrado de planejamento e ação, além de aproveitar os avanços na tecnologia das comunicações e na capacidade do marketing’. Kotler; Roberto. Op. cit. http:// www.socialtec.com.br – Acesso em: 26/05/04.

As empresas podem filiar-se a causa social direta ou indiretamente, ou seja, pode ir direto à causa e desenvolver projetos próprios para mudar uma determinada situação ou juntar-se a uma instituição filantrópica respeitada. Decidindo pela segunda opção, a empresa, inicia a investida no MCS com credibilidade e ajuda dos voluntários envolvidos, facilitando desta forma o seu trabalho com a causa. As diferenças que aparecem nas duas formas de se chegar a uma causa é o fato da ‘direta’ ser de propriedade da empresa e consequentemente de benefício direto à marca dela; e na forma indireta, com associação a uma instituição, ela também agrega valor à marca, com a diferença da causa não ser diretamente ligada à empresa, mas tornar-se lembrada através da instituição nos projetos.

Percebe-se atualmente que os consumidores buscam mais do que um produto ou serviço, mas estão à procura de empresas que demonstrem ‘no quê’ elas realmente acreditam. Segundo Pringle e Thompson (2000, p. 68), “Os anunciantes passaram a se preocupar muito mais com a imagem emocional e os benefícios do estilo de vida associados aos produtos e serviço.” Essa diferença de posicionamento faz com que a empresa cative novos e antigos consumidores tornando-os mais ligados à marca e motivando-os ao consumo. Um exemplo de MCS pode ser observado através do MC Donald, no qual um dia por ano a empresa doa todo o dinheiro arrecadado com a venda de um dos seus lanches (MC Lanche Feliz) para as crianças com câncer e pode-se constatar que neste dia os clientes dão a preferência por este determinado produto, principalmente por saberem que desta forma estarão contribuindo com esta causa social.

[...] as campanhas de Marketing para Causas Sociais têm um potencial para influenciar o comportamento do comprador mais forte que as formas tradicionais de comunicação [...] As pesquisas [...] mostram que números significativos de consumidores afirmam estar dispostos a pagar um preço ligeiramente mais alto por marcas que apoiem boas causas. (PRINGLE; THOMPSON, 2000, pp. 112-113)

Outro exemplo de Pringle e Thompson (2000, p. 95) é onde citam a rede Pizza Express como colaboradora do projeto Veneza em Perigo, no qual descriminam no cardápio, que na venda de uma pizza Veneziana a empresa doa 25 pennies(1)
à causa, descobrindo desta forma o MCS como uma forma de promoção e divulgação da marca.

Além das promoções como as acima citadas, o MCS necessita de um fortalecimento das relações entre empresas e instituições beneficentes ou causa, pois quanto mais profundo e duradouro for esta ligação entre eles, maior será a credibilidade e segurança do consumidor pelo produto ou serviço. As parcerias do MCS precisam ser sólidas e duradouras evitando que o consumidor tire conclusões negativas sobre a empresa, fazendo com que a marca perca seu valor perante os clientes. Para Pringle e Thompson (2002, p. 135) “É muito importante evitar que o consumidor considere a parceria de MCS como exploradora, e isso é muito difícil de evitar, se o relacionamento for mantido por pouco tempo.”

Mais uma forma de impulsionar o sucesso de uma parceria utilizando o MCS é fazendo com que pessoas famosas ou outras personalidades juntem-se à causa como doadores e apoiadores. Percebe-se que com a presença de alguém respeitado pela mídia e reconhecido por todos, a campanha ou ação torna-se perante a sociedade mais respeitada agregando ainda mais credibilidade e adesão dos consumidores. “[...] Diana, a Princesa de Gales, demonstrou durante sua vida, a capacidade de um patrono famoso para arrecadar fundos a uma entidade enorme. Da mesma forma, a associação de tais pessoas com uma empresa ou marca pode ser muito significativa.” (Id. Ibid., p. 178)

Podemos citar como exemplo a campanha do Câncer de Mama, o qual tem a constante participação de pessoas famosas nos comerciais, os quais ajudam a promover os produtos com a marca da campanha para a arrecadação de dinheiro, mas além de participar do projeto eles também acreditam na iniciativa. “Assim, as marcas terão enormes benefícios ao adotarem a idéia do MCS e tomarem as primeiras iniciativas para construir novos valores ‘espirituais’ em suas proposições da marca para combater os tempos mais difíceis que virão.” (PRINGLE; THOMPSON, 2002, p. 249). Com tantos benefícios, tanto para as empresas quanto para as instituições ou causas, cada vez mais teremos pessoas interessadas em desenvolver ações que contribuam para a melhoria da sociedade, ajudando a diminuir os problemas que vemos e enfrentamos diariamente.

(1) Pennies são uma forma de moeda de cunhagem Anglo-Saxã do século VIII [...]. Disponível em: http://www.duvendor.hpg.ig.com.br/Colunistas/Colunas_07_1.htm – Acesso em: 17/06/04. Pennies: plural da moeda de 1 centavo de dóllar. Disponível em: http://www.estadao.com.br/ext/especiais/forum/pauta/index95.htm – Acesso em: 17/06/04. Então: 25 pennies = 0,25 centavos de dólar.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Kotler, Philip; Roberto, Eduardo. Marketing Social: Estratégias Para Alterar o Comportamento Público. Rio de Janeiro: Campus, 1992. Op. cit. Disponível em: http://www.socialtec.com.br – Acesso em: 26/05/04.

PRINGLE, Hamish; THOMPSON, Marjorie. Marketing Social: Marketing para Causas Sociais e Construção de Marcas. São Paulo: Makron Books, 2000.

Um comentário:

  1. Que bom qeu vc gostou da minha idéia de negócio! Pode deixar qeu te chamo pra sócia, ainda mais mandando super bem em Marketing para causas sociais como estais! hahahah
    Vai ser um mega sucesso!
    Ah tô com saudades de ser estágiaria da Ana e tua!! hahaha Bons Tempos!!!

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